segunda-feira, 29 de junho de 2009

Clientes

É algo realmente interessante interagir com pessoas que estão fora de seu "habitat " cotidiano, repleto de atribuições com hora marcada, vestido formalmente, medindo palavras, suprimindo pensamentos, refletindo sobre tudo o que acontece e muito mais.
Aqui elas retomam um pouco de suas identidades, buscam se jogar ao vento com o mínimo de preocupações possiveis. Encontramos mais risos sinceros, mais opiniões próprias e muito mais paciência .
Quando identificam algo, aqui na tapiocaria, que um dia teve um significado em suas vidas, do tipo uma música, um produto qualquer, uma memória escrita ou algo parecido, ou até uma boa conversa, ai se derretem todo, logo surge um comentário saudoso ficando visivel a felicidade em seus rostos.
Estarei sempre buscando "motes" para boas conversas, hoje tenho um "Som 3 em 1", alguns livros, brinquedos e outros objetos devidamente escolhidos e que por isso, fazem sucesso aqui no Matuto.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Como fazer uma Arráia (Pipa)





















Para que a pipa suba bem alto, ela precisa estar na direção oposta ao vento, ser leve e ter boa estabilidade direcional e lateral.

O material
Para montar uma pipa, você precisará de:

• três palitos de palha de coqueiro, ou similar – dois de 32 centímetros e um de 40 centímetros; 
• pelo menos três folhas de papel de seda colorido;
• um carretel de linha número 10;
• uma lata de refrigerante vazia ou outro objeto em que você possa enrolar a linha;
• cola branca ou goma-arábica;
• tesoura de ponta redonda, régua e caneta.







Coloque as três varetas sobre uma superfície plana para poder ver direitinho a estrutura de sua pipa. A vareta maior, aquela que mede 40 centímetros, vai formar o eixo vertical da pipa. As duas menores, de 32 centímetros, vão formar os eixos horizontais. Com uma caneta, marque um risco bem no meio de cada uma das duas varetas menores. Em seguida, faça um talho nesse lugar com a tesoura. Isso vai ajudá-lo na hora de amarrar as varetas. Pegue a vareta maior e, com a ajuda da régua, faça duas outras marcações: a primeira a 6 centímetros da ponta superior e a segunda a 21 centímetros, isto é, 15 centímetros abaixo da primeira marcação.

Com a linha número 10, comece a amarrar a primeira vareta de 32 centímetros na primeira marca do eixo vertical. Olhe o risquinho antes para que a vareta fique bem centrada! Desça a linha dando voltas – bem apertadas – na vareta vertical e amarre a segunda vareta horizontal na segunda marca do eixo vertical. Faça um pequeno talho em todas as pontas das varetas com uma tesoura para amarrar a linha no contorno da armação. Contorne a armação com a linha, passando por todos os talhos das extremidades, mantendo-a bem esticada e firme. Certifique-se de que a estrutura esteja bem centralizada. Amarre bem firme na ponta de baixo e deixe 1,5 metro de linha de sobra para fazer a cauda. A estrutura da pipa está pronta.

Agora, vamos encapá-la. Com a tesoura, corte uma folha de seda no formato de sua armação, deixando 1,5 centímetro de sobra para poder colar. Passe cola na frente das duas varetas do eixo horizontal. Cole a armação sobre o papel. Passe cola na borda do papel (aquele 1,5 centímetro que sobrou) e dobre-a sobre a linha, mantendo o papel bem esticado. Pronto, sua pipa já está encapada!

Agora, solte a imaginação. É hora de decorar a sua pipa. Recorte pedaços de papel de seda colorido e faça colagens variadas. Vale tudo: as primeiras letras do seu nome, dois olhos e um sorriso, formas abstratas. Você só não deve exagerar na cola para que a pipa não fique pesada.

A cauda dá estabilidade à pipa durante o vôo. Existem três tipos: rabiola, de tiras e corrente. Para a nossa, faremos uma rabiola: abra um saco de lixo como se fosse uma folha de plástico. Enrole o plástico como se fosse um canudinho. Com a tesoura, corte-o em tirinhas de 1,5 centímetro de largura e 40 centímetros de comprimento. Desenrole e prenda-as na linha de carretel. Amarre as tiras, uma por uma, na linha que sobrou na ponta de baixo da pipa, distantes cerca de 10 centímetros uma da outra. O nó precisa ser feito na linha para que as tiras não escorreguem durante o vôo. Faça a laçada e passe a tira por dentro, até ficar metade para cada lado. Depois, é só apertar o nó.

Só faltou o estirante (ou cabresto), isto é, as duas linhas (a e b) que prendem a armação à linha do carretel (c). Sua função é manter a pipa num ângulo de 30º em relação ao vento. Corte um pedaço de linha de 50 centímetros de comprimento e amarre uma ponta na extremidade inferior do eixo vertical da pipa. Antes de amarrar a outra ponta, faça um laço frouxo no meio da linha do cabresto. Prenda a outra ponta da linha firmemente no ponto de encontro entre as varetas vertical e horizontal superior. Amarre a linha do carretel ao laço que você fez antes no cabresto. O laço vai ajudar a linha do carretel a não deslizar pelo estirante.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Galeria 17jun09

Esta foto foi interessante, a mãe e o pai das crianças ficaram admirados com o jeitinho delas sentados ali quietinhos e dai a mãe exclamou:
_ Olha que lindo! a que tivessemos uma máquina fotográfica agora! Percebi o momento e, quase ao final de sua frase, arrastei minha digital dizendo:
_ Com licença... eles instintivamente se afastaram e ao olhar para trás lá estava eu de máquina em punho realizando o desejo deles...

terça-feira, 16 de junho de 2009

Reformando ce 090


A rodovia CE 090 que passa em frente a Tapiocaria está sendo recuperada, hoje 16 de junho de 2009, tivemos um público bem reduzido devido esta referida obra. Segundo o engenheiro responsável durante as férias tudo estará concluido. Bom para todos!

domingo, 14 de junho de 2009

Inaugurado

Inauguramos nesta quinta-feira, 11 de junho de 2009, no Icarai a Tapiocaria e Café Matuto e, para nossa grata surpresa, foi muito legal!
É sempre muito bom lidar com turistas e moradores do lugar, são pessoas leves e bastante agradáveis, com certeza a beleza das praias locais, com destaque para Icarai, Tabuba e Cumbuco, influenciam muito neste bom humor.

sábado, 13 de junho de 2009

TAPIOCA

Semira Adler Vainsencher

semiraadler@gmail.com

Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco

A mandioca (Manihot esculenta) é uma planta produtora de amido, da família das euforbiáceas, originária da Guiana Brasileira (norte do Amazonas e do Pará), do sul das três Guianas (a Britânica, a Holandesa e a Francesa) e, ainda, do sul da Bahia e nordeste de Minas Gerais. Foram os índios tupis-guaranis, que ocupavam o litoral nordestino brasileiro, os responsáveis pela difusão do uso comestível da mandioca, que, produzida através da agricultura de subsistência, representava sua base de alimentação, na época do descobrimento (mediante afabricação dos beijus e do cauim, uma bebida muito popular entre os nativos).Em Olinda, a farinha de mandioca é consumida desde o século XVI, com a invenção portuguesa das casas de farinha.

Existem dois tipos de mandioca: a doce, mais conhecida como aipim, macaxeira ou mandioca mansa; e a amarga, chamada mandioca brava. Ambas são idênticas na aparência: apresentam uma casca parda e uma massa branca que contém um suco acre e leitoso. Este líquido, por conter uma elevada proporção de ácido cianídrico, é venenoso na mandioca brava. Entretanto, através de um processo que envolve a cocção, a planta perde toda a sua toxidade, convertendo-se em farinha ou polvilho.

Largamente utilizada na alimentação, a mandioca possui um alto valor energético e, ao mesmo tempo, um baixo teor de proteína. Por sua vez, acompanhada da carne-seca, a farinha de mandioca era o principal elemento da alimentação dos escravos africanos. Por essa razão, os senhores de engenho e os lavradores de cana, por meio de alvarás e provisões régias (datadas de 1642, 1680 e 1690) foram obrigados a cultivar o tubérculo. Decretos posteriores vieram ressaltar essa obrigação, quando daqueles exigiu-se o plantio de, pelo menos, quinhentas covas por escravo.

Ao longo do tempo, junto com o açúcar e o coco, a mandioca foi incorporada ao rol dos elementos importantes da indústria de confeitaria e daculinária brasileira. Com ela, são preparadas saborosas receitas de biscoitos, bolos, roscas, sequilhos, mingaus, pães, entre outras comidas deliciosas. E, desde o século XVII, ela tem representado um alimento significativo na mesa de nordestinos e nortistas, sendo muito utilizada na culinária junina. A mandioca - que representa o verdadeiro pão do Brasil - só não é cultivada em terras demasiado argilosas, em trechos montanhosos secos, em terrenos cheios de pedras, muito íngremes, e em baixadas com excesso de umidade.

Faz-se necessário esclarecer como se chega à goma da mandioca. O processo de extração desse elemento é bem simples. Primeiro, a raiz (previamente descascada) é ralada e espremida, dela extraindo-se um líquido leitoso. Em seguida, esse líquido é colocado para descansar em um recipiente. No fundo dele, após algumas horas, vai se depositar uma espécie de massa, que se separa da água, por completo: essa massa é a goma da mandioca. Deve-se, então, escorrer a água e colocá-la ao sol para secar. Quando ela estiver seca, deve-se esfarelá-la com as mãos e passá-la em uma peneira, para que se transforme em um pó branco e fino.

E como é que, da goma, se faz a tapioca?

A tapioca representa uma iguaria típicamente brasileira, de origem indígena, feita com o amido extraído da mandioca, conhecido como goma. Em outras palavras, originalmente, é uma espécie de beiju que possui, em seu interior, uma camada de coco ralado.

Para elaborar a tapioca, deixe aquecer bastante, em fogo brando, uma chapa de metal anti-aderente, redonda, com cerca de vinte centímetros de diâmetro, e espalhe uma camada fina de goma de mandioca sobre ela (o suficiente para cobrir o fundo da chapa) com uma pitada de sal. Com as costas de uma colher, espalhe a goma e cubra o fundo do recipiente de maneira uniforme. À medida que a chapa vai aquecendo, esse pó se aglutina, toma a forma de uma panqueca ou um crepe, e suas bordas se desprendem do fundo. Asse a tapioca por um ou dois minutos, vire-a com uma espátula e deixe-a assando por mais alguns segundos. Ainda na chapa, recheie a tapioca com coco fresco ralado ou um pedaço de queijo de coalho, dobre-a ao meio, aperte bem para transformá-la em um semicírculo (uma meia lua), coloque manteiga de garrafa sobre ela (opcional) e sirva quente.

Em alguns pontos turísticos como o Alto da Sé, na cidade de Olinda, em Pernambuco, pode-se degustar uma saborosa tapioca, feita na hora, produto que é considerado um patrimônio imaterial cultural da região. Na Sé, essa tradição teve início com uma senhora chamada dona Conceição, na década de 1970, que, para se sustentar, tornou-se tapioqueira. Nessa época, em plena ditadura militar, o local era considerado um dos pontos de agitação da contracultura, e Olinda representava o foco da resistência cultural. As tapiocas eram vendidas a estudantes, intelectuais, políticos e artistas populares e eruditos, que lá promoviam concertos e teatro de vanguarda. Com o crescimento do turismo em Olinda, atraído principalmente pelo carnaval, as tapioqueiras se multiplicaram, na cidade que é patrimônio cultural da humanidade. Hoje, elas estão até organizadas em uma Associação.

Uma das comidas típicas em Pernambuco é a tapioca molhada. De acordo com receita coletada pelo sociólogo Gilberto Freyre, tira-se o leite de um coco (com água), adiciona-se açúcar e sal (a gosto) e derrama-se esse líquido, aos poucos, sobre as tapiocas (recheadas com coco ralado), molhando-as bem. Em seguida, elas são colocadas em camadas, polvilhadas com canela, abafadas e servidas quente.

Nos restaurantes, há alguns anos, a tapioca vem atraindo a atenção dechefs de cozinha, que decidiram transformá-la em atração. Desse modo, no cruzamento de criatividades e habilidades, eles inventaram diversas receitas e recheios e reinventaram a própria tapioca. No presente, ela é um sucesso na culinária brasileira e faz parte do rol das especiarias regionais.

Os variados recheios, hoje oferecidos, dão um toque realmente especial à tapioca. Em se tratando dos doces, ou doces e salgados, é possível degustá-la, ainda, com os seguintes recheios, além do tradicional coco ralado: queijo e goaiabada, leite condensado, goiabada, morango, mel, chocolate, doce de leite, brigadeiro, doce de banana, banana com mel, banana com canela, banana com chocolate, calda de uva, goiabada com mussarela, morango com chocolate, chocolate com mussarela, queijo coalho com banana frita e canela, queijo fresco com calda de uva, banana com leite condensado e canela, leite condensado com maracujá.

Em relação aos recheios salgados, pode-se comer tapiocas com: manteiga e sal; mussarela; mussarela e catupiry; mussarela, catupiry e provolone; mussarela e chedar; mussarela e catupiry; provolone e chedar; parmesão, presunto e mussarela; presunto e provolone; presunto e catupiry; presunto, mussarela e catupiry; frango; frango e catupiry; frango e chedar; frango, mussarela e catupiry; salame e catupiry; salame e provolone; queijo fresco, queijo coalho, peito de peru e chedar; queijo fresco, peito de peru e tomate; camarão; amendoim; castanha; charque; carne de sol; entre tantas outras combinações gostosas.

De alimento básico dos índios, de tímido beiju seco feito com goma, a tapioca se transformou em deliciosa iguaria folclórica. É bastante lembrar que, no presente, existem alguns pontos comerciais na Região Sudeste voltados, apenas, para a venda dessa comida típica, e que oferecem, aos clientes, a oportunidade de provarem tapiocas com mais de cinqüenta tipos de recheios.

Recife, 27 de dezembro de 2007.

FONTES CONSULTADAS:

ASPECTOS da cultura e da indústria da mandioca. Fortaleza: Banco do Nordeste do Brasil, 1967.

BARICKMAN, B. J. Um contraponto baiano: açúcar, fumo, mandioca e escravidão no Recôncavo, 1780-1860. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

BOSISIO, Arthur (Coord.) ; LODY, Raul ; MEDEIROS, Humberto et al. Culinária nordestina: encontro de mar e sertão. Rio de Janeiro: Editora Senac Nacional, 2001.

CÂMARA CASCUDO, Luís da. Dicionário do folclore brasileiro. 9. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 1954.

CAMPOS, Eduardo. A gramática do paladar. Fortaleza: Casa de José de Alencar Programa Editorial, 1996.

CARPEGGIANI, Schneider. Acorda, São João! Diário Oficial do Estado de Pernambuco, Suplemento Cultural, Recife, ano 15, p. 3-4, jun. 2001.

CULINÁRIA TAPIOCA. Disponível em: <http://www.nataltrip.com/index.php?Fa=rec.inf&REC_ID=10>. Acesso em: 1º jun. 2007.

GUSMÃO, Flávia. Oi, pisa o milho... Penerô xerém! Diário Oficial do Estado de Pernambuco, Suplemento Cultural, Recife, ano 15, p. 12-13, jun. 2001.

HORTA, Carlos Felipe de M. M. (Coord.). O grande livro do folclore. Belo Horizonte: Editora Leitura, 2000.

LIMA, Claudia. Tachos e panelas: historiografia da alimentação brasileira. Recife: Edição da Autora, 1999.

MACHADO, Clotilde de Carvalho. Quindins de Yayá. Recife, [1978].

MORAES FILHO, Mello. Festas e tradições populares do Brasil. Rio de Janeiro: Livreiro; Paris: H. Garnier, [19--].

RECEITAS. Disponível em: <http://www.acasadatapioca.com.br/receitas.htm>. Acesso em: 1º jun. 2007.

RECEITAS para São João. 4. ed. Salvador: Federação das Indústrias do Estado da Bahia/ SESI/ FIEB, Artesanato, [19--].

SOUTO MAIOR, Mário. Comes e bebes do Nordeste. Recife: Fundação Joaquim Nabuco/Editora Massangana, 1984.

______. Alimentação e folclore. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Ed. Massangana, 2004.

TAPIOCA. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Tapioca>. Acesso em: 1º jun. 2007.

TAPIOCA é reconhecida como patrimônio imaterial. Disponível em: <http://www.nerdhost.com.br/noticias/index.php?exe=105&id=824&tipo=6>. Acesso em: 1º jun. 2007.

VAINSENCHER, Semira Adler. Mandioca. Disponível em: <http://www.fundaj.gov.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=16&pageCode=309&textCode=5998&date=currentDate>. Acesso em: 4 jun. 2007.

_____________. Culinária junina. Disponível em: <http://www.fundaj.gov.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=16&pageCode=300&textCode=4666&date=currentDate>. Acesso em: 4 jun. 2007.

VALENTE, Waldemar. Folclore brasileiro: Pernambuco. Rio de Janeiro: MEC, Funarte, 1979.

(Texto atualizado em 27 de dezembro de 2007)

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Galeria TCM


Homenagens ao antigo endereço

TAPIOCARIA E CAFÉ MATUTO

( homenagem a essa tapiocaria, recentemente aberta em meu bairro)


Caminhando ostro dia
Lá nas rua do meu baijo
Dei de cara, de repente
Com uma coisa nuzitada!
Surpresa, eu espiei
Me cheguei mais de pertinho
Abismada com o cantinho
Parei em riba da calçada

Eu dimirei encantada
Aquela enfeitação
O cenáro era igual
Os que tem no meu sertão.
Num cordão dependurado
Tava os livrim de cordel
Na parede a empanada
Toda feita de fuxico
Menino, eu só acridito
Proque
meus óis espiava

Na coluna de tijolo
Prantada no mei da sala
Vejo outra invenção
Chapé de todo modelo
Colocado ali com zelo
De coro, com aba e sem aba
Tudo muito originá
Tudo muito criativo...
As banqueta de madeira
E mesinhas arrumada
Avistei também a rede
Pelos punho enrrolada
Num fartou nem o berrante
Pra lembrar das vaquejada.

Se escuta Luis Gonzaga
Ao som duma radiola
Ou o Trio Nordentino
Nos quatro canto tinindo
Triango, safona e zabumba
Crio inté calo na bunda
Sentada ali, só uvindo

Nada fica a desejá
De outras de grande porte
E digo é sem vacilá
Que tivemo muita sorte!
Tapioca aqui se tem
De gosto bem variado
Cafézin cuado na hora
Cuscuz gostoso e molhado.

O inventô que criou
Esse cantin só pra gente
Me deixou prá lá de contente
Com essa sua invenção.
E quando chego cansada,
De manhã, do meu serão
Oxente, num conto pipoca
Eu faço qui nem dondoca
Pego a vazia na mão;
Tenho gosto absoluto
E chego lá num minuto
Proque eu só compro lá.
E se quiser me acompanhá
TAPIOCARIA E CAFÉ MATUTO!
(Escrito por Lêda Bezerra de Menezes, Domingo, 31 de Maio de 2009)


Para nossa tristeza e tristeza de muitos, fomos forçados pela violência a sair deste endereço. Dai nossa poetisa traduziu seu sentimento com outra bela poesia.

POR MOTIVO DE FORÇA MAIOR

(Despedida a Tapiocaria e Café Matuto)

Tal qual chora uma criança
Pela chupeta tirada,
Igual foi minha tristeza
Quando eu te vi fechada!

Tinha, aquele bandido
Que assim, de um modo tão bruto!
Assaltar à mão armada
A Tapiocaria e Café Matuto?

Em que mundo nós estamos?
Em que era nós vivemos?
Em que rumo nós marchamos?
Se nem viver nós podemos!!!

O medo e a insegurança
Te fez pensar sem demora
"Por motivo de força maior"
Do meu bairro foste embora...

E assim, fostes pra longe
Falta estás fazendo aqui
Trocastes o barulho dos carros
Pelas ondas do Icaraí.

Me resta ainda o consolo
De um dia, quem sabe lá?
Quando eu for a essa praia
Eu irei te visitar.

Adeus Tapiocaria
O suscesso te acompanha
Porque quem em Deus confia,
Suas bençãos sempre ganha!

Diz o dito: alegria de pobre
Dura pouco, muito pouco
Vai ficar só na saudade
Tapioca molhada no côco!
(Escrito por Lêda Bezerra de Menezes, Domingo, 10 de Junho de 2009)

O blog da Lêda é www.ledabmenezes.blogspot.com

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Ônibus Urbano

A Empresa Vitória possui as seguintes linhas e horários:




- 740 - Icaraí  / Barra do Ceará
Itinerário: Icaraí / CE 090/ Av. Ulisses Guimarães/ Av. Cel. Carvalho/ Av. Francisco Sá/ Rua Pe. Anchieta/ Av. Sargento Hermínio/ Rua Cel. Carvalho/ Rua Pedro Pereira/ Rua Pe. Mororó/ Rua São Paulo/ Av. Imperador/ Terminal Fortaleza/ Av. Duque de Caxias/ Rua Pe. Ibiapina/ Rua Guilherme Rocha/ Av. Fco. Sá/ Av. Cel. Carvalho/ Av. Ulisses Guimarães/ CE 090/ Terminal Icaraí


Saídas de Icaraí


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Saídas de Fortaleza


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Intervalos em Horário de Pico:
(de maior movimentação)
Intervalos Fora do Horário de Pico:
6h20min/7h20min - 20 minutos
16h05min/16h45min - 20 minutos
25 minutos


- 741 - Cumbuco via Mister Hull / Fortaleza
Itinerário: Cumbuco/ Icaraí / CE 090/ BR 222/ Av. Mister Hull/ Av. Bezerra de Menezes/ Rua Pe. Ibiapina/ Rua Pedro Pereira/ Rua Padre Mororó/ Rua São Paulo/ Av. Imperador/ Terminal Fortaleza/ Av. Duque de Caxias/ Rua Pe. Ibiapina/ Av. Bezerra de Menezes/ Av. Mister Hull/ BR 222/ CE 090/ Icaraí / Terminal Cumbuco



Saídas de Cumbuco via Mister Hull / Fortaleza


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Saídas de Fortaleza / Cumbuco via Mister Hull


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Intervalos em Horário de Pico:
(de maior movimentação)
Intervalos Fora do Horário de Pico:
6h/7h50min - 20 minutos
16h/17h45min - 20 minutos
25 minutos


- 760 - Cumbuco (Micro ônibus) / Via Av. Leste Oeste
Itinerário: Av. Rui Barbosa - Beira Mar/ Av.da Abolição / Av. Almirante Barroso / Av. Presidente Castelo Branco / Iparana / Pacheco / Icaraí  / Tabuba / Cumbuco (Restaurante Velas do Cumbuco)


Saídas de Cumbuco


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Saídas de Fortaleza


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